domingo, 9 de novembro de 2008
Retrovisor
Pelo retrovisor eu vejo o caminho que passou, eu vejo buracos, eu vejo caminhos, eu vejo escolhas traçadas, boas ou não. Pedaço de vida mal resolvida, vejo o passado buzinando cada vez mais alto, vejo caminhos que não segui. E as buzinas insistem em aumentar. Como se o barulho pudesse trazer de volta a oportunidade de fazer escolhas que poderia ter feito. Mas... O que passou é passado, e se eu andar devagar esse passado pode estar pra sempre do meu lado, ou me seguindo. É necessário acelerar. Não há mais tempo para virar por outra rua, e jamais saberei para onde aquela rua iria me levar. Se eu tivesse tomado um atalho, uma rua sem saída onde só houvesse saídas por um beco, que tipo de pessoa eu teria me tornado? Talvez só mais uma ... Mas não sei, e confesso que gostaria muito de saber. Que tipo de pessoa teria encontrado? A rua que eu esperava ja encontrei, só falta achar o caminho certo a seguir, um sem buracos, cascalhos e semáforos? Pelo retrovisor vejo todas as ruas que nunca me atrevi a passar. Vejo tudo que eu escolhi não viver por algum motivo qualquer.
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