segunda-feira, 25 de maio de 2009

Olhar Estrangeiro

Antes a gente achava que era brincadeira. Uns olhavam mais, outros riam e falavam de "samba" mas nada a mais que isso que na maioria das vezes foi levado como brincadeira.Uns faziam cara feia pra nossa "alegria" nas filas ou ficavam surpresos ao saber de onde eramos.
A imagem do povo brasileiro lá fora vem sendo moldada de forma negativa a muito tempo, principalmente pela industria cinematografica. O Brasil não se resume a sexo, praia e bebidas. Somos muito mais que isso! Acontece que algumas pessoas ao meu ponto de vista se orgulham da imagem passada do nosso país, até mesmo nossos próprios filmes so retratam 3 coisas: sertão, pobreza, sexo.
Pois é, atualmente nem a nossa própria gente nos dá o devido valor, quem dirá as pessoas de outros países?
Entre xenofobia mascarada ou desconhecimento de causa, fico entre os dois.
Porque não há outras explicações para reduzir um país, suas pessoas e sua cultura em tantos clichês sem nexo ou com uma superficialidade ridícula sobre a realidade a não ser a explicação de uma xenofobia? E também tem o lado de que se elas falam as besteiras que falam é porque não sabem o suficiente sobre o assunto para falar. E tudo bem, Estados Unidos, França, e outros países considerados países desenvolvidos que fizeram parte do documentário "O Olhar Estrangeiro", se são mesmo tão desenvolvidos eles devem ter uma boa base de educação e de cultura o suficiente para se informarem sobre determinaddo assunto antes de criarem conceitos sobre isso e de fazerem filmes e outras coisas que possam ofender culturas ou gerar tais polêmicas.
Esse olhar é um olhar que se espanta diante do raciocínio, diante de uma mulher que não significa apenas sensualidade, que insiste ou no paraíso ou na pobreza, sem saber muito bem como juntar essas coisas, que repete, com algumas variações é claro, até hoje a Carta de Caminha. E que nós, brasileiros, lá fora, muitas vezes até ajudamos a construir, pois é mais fácil se submeter a um desejo do que enfrentá-lo apresentando realidades mais complexas, porque hoje, o olhar estrangeiro pode ser definido como aquele que apenas registra o que lhe é diferente, o que lhe é estranho, o que lhe tem graça, eliminando o resto. A nossa pergunta é de que maneira esse diferente foi sentido, de que maneira esse diferente foi criado, de que maneira esse diferente foi imposto. Não estamos à procura de uma única resposta, mas sim de entendermos de onde e porque nos foi posto tais estereótipos.
Para eles, somos um país folclórico, de carnaval e bundas.
E você vai dizer o que? Que isso é absurdo?
Não vou negar! Não tem nem como! É só ligar a televisão.
Mas o que eu morrerei dizendo é que o Brasil não é só isso, e quem conhece, sabe!

0 comentários:

 
::: Template e Layout by Blografando ::: Distribuito da Adelebox :::